segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Quanto gastei na minha viagem pra Orlando

Nesse post vou falar dos gastos que a gente teve em Orlando e que basicamente serão os mesmos na viagem de qualquer um, talvez uma coisinha ou outra seja diferente, mas será basicamente a mesma coisa. Entretanto, haverá diferença nos valores, porque fomos há dois anos e meio atrás e, além da atualização dos serviços, o dólar estava mais ou menos R$2,40 na época e hoje está na casa dos R$3,20, mas de qualquer forma vou colocar os valores para que vocês tenham uma ideia básica de quanto custa essa viagem.

Vale ressaltar que não sou rica e não esbanjo dinheiro, ocorre que as pessoas tem prioridades na vida, a minha é viajar, a sua pode ser trocar de carro, ou fazer compras, ou comprar um apartamento. Então, uma vez que eu decido viajar em todas as minhas férias, eu passo um ano inteiro regulando meus gastos para conseguir ter meu descanso merecido e poder fazer tudo que eu quero.

Passagem – nossa passagem saía de BH, fazia conexão em Brasília e ia direto pra Miami. A volta era exatamente a mesma coisa. Nossa companhia aérea foi a TAM que, apesar de ser péssima em voos nacionais, é excelente no voo para Miami. O avião é novo e excelente, com serviço de bordo muito bom, ótima alimentação, entretenimento em português e atendimento cortês. Pagamos na época mais ou menos 700usd, o que deu uns R$1.600,00. A passagem ainda gira em torno disso mesmo e, com paciência e pesquisa, talvez consiga achar uma promoção com preço ainda mais em conta (o problema está na cotação).


*Vou abrir um ps aqui para explicar a questão do dólar no cartão de crédito. Dependendo da forma como realiza-se uma compra, a mesma pode ser lançada no seu cartão em dólar ou em real. Se você compra uma passagem, por exemplo, em uma agência de turismo, geralmente eles já convertem o valor para real e usam a cotação do dia da compra. Entretanto, quando a passagem é comprada em um site estrangeiro não há conversão automática e ela permanece em dólar e a cotação efetiva será a do dia do pagamento da fatura. Qual a relevância disso? Quando há, e geralmente há, divergência na cotação, a diferença virá na fatura do cartão do próximo mês em forma de crédito (quando há queda no valor do dólar) ou em forma de débito (quando o dólar valoriza frente ao real). Não se esqueça que quando o valor é debitado em dólar há também incidência de 6,38% de IOF.

Hotel – escolhemos um hotel que ficava fora do complexo dos parques da Disney por causa do preço. Nós não damos muita importância para luxo, o que procuramos é um quarto/apartamento limpo, numa localização boa e com banheiro no quarto (não gosto de banheiro conjugado, sou muito fresca para isso). Levando tudo isso em consideração e o custo benefício, nos decidimos por um quarto no hotel Celebration Suites at Old Town e ficamos realmente muito satisfeitos. Caso a gente volte para Orlando algum dia (e vamos voltar! Fé em Deus!!!) com certeza cogitaríamos esse hotel. Localiza-se na International Drive a mais ou menos 15 minutos dos parques da Disney. O quarto conta com duas camas de casal, armário, tv, uma cozinha equipada com mesa, armários, cafeteira, pia, armários com utensílios, fogão, micro-ondas e geladeira. O banheiro tem um tamanho realmente interessante e possui uma banheira. No quarto também tem uma sala bem grande que acomoda facilmente mais umas quatro pessoas. Como o hotel não oferece café da manhã, o fato de ter uma cozinha nos ajudou muito. O hotel é dividido por blocos com vários apartamentos dispostos em dois andares, mais parecia um condomínio que um hotel propriamente dito porque, ao contrário do que imaginamos, não possui muros e não é delimitado. Nosso quarto ficava localizado em um bloco longe da avenida principal, então o barulho não era algo que nos incomodava. Tínhamos vaga na garagem e era bem seguro. Eu dou nota 9 para o hotel (aprendi que nunca podemos dar nota 10, o estabelecimento tem sempre que tentar melhorar em alguma coisa). Sabemos que tinha piscina em algum lugar, mas como é algo que eu e o Kalil não ligamos, vou ser sincera e dizer que nem sabia onde ficava. Eu não consegui achar o comprovante de reserva para ter certeza, mas sei que foi no máximo 700usd por 14 diárias (mais ou menos R$1.600,00 na época).

Carro – alugamos nossos carros (sim, foram dois cof cof cof) na empresa Álamo. Atendimento muito bom apesar de termos tido um probleminha (o qual foi resolvido assim que chegamos no Brasil e o valor nos foi estornado, o que eu dou muita moral, sinceramente, porque eles podiam simplesmente não fazer nada em relação ao que aconteceu). O primeiro carro que pegamos foi o que usamos em Orlando. Era um Focus branco modelo americano (diferente do modelo brasileiro). Carro realmente muito bom, com um porta malas grande o suficiente para todas as nossas malas. Obviamente o carro era automático e vinha incluída a possibilidade de dois condutores (algumas locadoras cobram pelo segundo condutor), o que foi ótimo porque eu podia dividir o volante com o Kalil também. O segundo carro que alugamos foi um Mustang vermelho conversível (já ostentei em outro post) que usamos na viagem Orlando -> Miami e para ir até Key West. O carro era lindo e luxuoso, mas não podíamos pegar estrada com o capô aberto porque o porta malas era minúsculo e várias bagagens viajaram no banco de trás (o que não pode, inclusive). Os valores foram acessíveis ao nosso orçamento, tanto que optamos por trocar de carro no final da viagem e pegar um modelo que nunca na vida teríamos oportunidade de dirigir. No Focus pagamos R$1.250,00 e no Mustang pagamos R$340,00 por duas diárias.



Tickets dos parques – as entradas dos parques da Disney eu comprei no Brasil mesmo. Pesquisei e decidi por comprar no site da Decolar, tendo em vista que eles dividiam em até 10x. Como dito anteriormente, o complexo Walt Disney World é divido em quatro parques temáticos e, apesar de parecer obvio visitar um parque por dia, existe mais de uma opção de compra. Nos decidimos por quatro dias + 1 livre em que podíamos repetir um da nossa escolha, o que totalizavam cinco dias de parques Disney. Pagamos um valor de R$777,00. O parque da Universal eu juro que não vou lembrar quanto pagamos porque compramos diretamente da bilheteria. Sinceramente não sei porque não compramos daqui mesmo, porque o Decolar também vendia, mas sei que era mais ou menos o mesmo valor, talvez um pouco menos. Então vamos considerar que pagamos R$700,00.

Ticket jogo de basquete – se você for em época de campeonato da NBA, é obrigatório incluir um jogo no seu roteiro. Quando fomos, olhamos certinho quais jogos teriam e quais dias e fizemos a compra do ticket do Brasil mesmo. Já disse anteriormente que não importa onde você compre seu ingresso, porque em qualquer local do estádio terá uma vista espetacular de todo o jogo. Escolhemos assentos um pouco distante da quadra e compramos no ticketmaster por 35usd (R$84,00). Realmente imperdível.

Ticket Cirque du Soleil – o Kalil não tinha ido em nenhum espetáculo do Cirque du Soleil e eu disse para ele que a gente não podia deixar de ir de jeito nenhum. Ele adorou, até porque é tão espetacular e tão perfeito que não tem como alguém não gostar. Nossos assentos não eram no melhor lugar do teatro, ficamos na fileira do meio mais para trás, o que foi ótimo porque o espetáculo acontece em vários lugares do teatro e não apenas no palco, na minha opinião ficar um pouco mais longe facilita a visão de todo o espetáculo. Compramos o ticket no site da Disney e pagamos exatos 101,18usd cada (R$242,00). É caro? Sim, principalmente porque hoje em dia o dólar está muito alto, mas se puder dar uma apertada no orçamento e ir, garanto com 100% de certeza que não irão se arrepender.

Dinheiro – o dinheiro que se leva em uma viagem é basicamente usado para custos extras como alimentação (como se alimentação fosse extra, né), gasolina, compras, estacionamentos, entrada em alguma atração não comprada com antecedência e alguma emergência. No meu caso, eu levei quase que o dinheiro suficiente, mas caí na besteira de usar o cartão nos últimos dois dias por causa de fogo no rabo. O que isso gerou? A maior fatura de cartão de crédito da história da minha vida. Foi uma enorme besteira, principalmente porque usei para compras e não para alguma emergência. A dica que eu dou é estabelecer um valor para gastar no dia e se ater a ele. Se sobrar um pouco, ótimo, no próximo dia terá um pouquinho mais. Se precisar usar mais do que esperava, programe-se para gastar menos no dia seguinte. Esse planejamento ajuda a evitar dores de cabeça quando voltar à realidade da vida normal. Outra dica é pesquisar o que você quer comprar e levar a lista pronta, ou então vai fazer como eu sempre faço, não sabe o que comprar e acaba trazendo um monte de besteiras e se arrependendo de ter deixado uma coisa legal e barata para trás. Quanto a valor, acho que isso é bem relativo porque depende muito do estilo da pessoa. Eu e o Kalil não fazemos viagem gastronômica, por exemplo, então não costumamos gastar muito com alimentação (não é que vivemos a base de fast food o tempo todo, a gente apenas não senta em restaurante com serviço de garçom porque, caso você não saiba, nesse tipo de restaurante dos EUA, além do valor da conta você ainda tem que acrescer de 15 a 20% das chamas tips – gorjeta). Se não me engano, eu levei em média 2.500usd o que eu acho que é mais do que suficiente.

*na minha época o dólar era comprado usando apenas a cotação do dia + 0,38% de IOF, porém este último foi majorado para 1,1% no início desse ano. Antigamente, o cartão pré pago ainda era uma opção a ser estudada, porque pagava-se uma pequena taxa pela emissão + 0,38% de IOF no ato da recarga e fazia uso dele como se fosse um cartão de débito. Porém, desde 2014 o governo majorou esse imposto para 6,38% (mesmo do cartão de crédito), o que resultou no seu desuso e hoje em dia pouquíssimas pessoas o utilizam já que não acumula milhas e não tem nenhum benefício a não ser evitar sair do país com dinheiro vivo.

Compras – assim como em todo o país, Orlando é recheada de lojas, shoppings e outlets para a loucura dos brasileiros. Eu e o Kalil não somos os loucos das compras, então geralmente tiramos um dia para visitar esses lugares. Em 2014 o dólar estava num valor bom e deu para comprar várias coisas. Eu sinceramente achei que roupa não é uma coisa muito interessante de comprar por lá, não acho que segue nosso estilo, mas maquiagem, bolsas, tênis, mochilas e bugingangas era o paraíso. Para amantes da Kipling como eu, o Premium Outlet foi um sonho (e até hoje eu acho que deveria ter esbanjado por lá e aberto mão de outras besteiras). Tanto nos parques da Disney quanto na Universal, a saída de cada atração cai em uma lojinha com diversos itens. É realmente uma perdição e se você não se segurar até a mãe vai vender para conseguir levar tudo o que quer. A dica que eu dou é dar uma olhada nos Walmart da vida. São os melhores lugares para comprar suvenirs, pois são originais e por um preço muitooo mais atrativo.
Outras lojas:
- Target;
- Kmart;
- Best Buy (favorita dos brasileiros), vende eletrônicos com preços lindos de morrer;
- Victoria's Secret, que apesar de não ser minha favorita, é muito americana e dá aquela sensação gostosa de viagem quando a gente entra em uma;
- Macy's.

Viu, até o Chapéu Seletor é vendido no Walmart.

Seguro veículo – alugar um veículo e não adquirir seguro é quase que um atestado de loucura. Nós fizemos uma viagem de Miami para Orlando e, apesar de ser uma viagem relativamente curta e de ser em uma estrada muito bem pavimentada pode acontecer algum pequeno acidente que vai dar uma dor de cabeça sem fim, pois os custos serão em dólar! Jesus, não quero nem pensar. Então, não queiram economizar nessa hora de forma alguma. Nosso cartão de crédito incluía seguro de veículo caso o aluguel fosse pago por ele, mas a empresa sempre tem algum para oferecer e, nessa hora, deve-se estudar a melhor opção sempre pensando que o pior pode acontecer, mesmo que na maioria das vezes não acontece, ne?!

Seguro viagem – este item é imprescindível e muitas pessoas não dão importância porque é aquele tipo de gasto que só usufruímos, por assim dizer, se alguma coisa de ruim acontecer como machucar um pouco mais sério, passar mal e precisar de atendimento médico, ou até mesmo quebrar alguma coisa. Porém, seguros viagem geralmente (falo geralmente porque não sei se algum não cobre) tem cobertura a extravio de bagagem em voos internacionais também limitado a um valor específico dependendo do tipo de seguro adquirido. No meu caso e do Kalil, nós também não pagamos por esse tipo de seguro porque nosso cartão de crédito nos dá direito quando compramos a passagem aérea pelo cartão, mas, independentemente disso, todos devem adquirir para segurança e tranquilidade da viagem.

Além de todos os itens acima, o passaporte e o visto são necessários, mas como na minha época o passaporte tinha validade de 5 anos, não creio que valha a pena falar sobre isso, até porque os valores foram atualizados e o prazo está bem maior. Quanto ao visto, eu fiz sozinha com ajuda do Kalil e da Graça (mãe dele), não contratei nenhuma agência ou despachante. Preenchemos o formulário e fiz minha entrevista no Rio de Janeiro, a qual foi bem tranquila. Não vou falar muito sobre isso pois se trata de procedimentos mais burocráticos e merecem uma pesquisa mais cautelosa.

Os valores referentes a hotel e carro foram divididos igualmente entre eu e o Kalil, então pode-se dizer que uma viagem bem viajada como a minha (utilizando os preços da época) girou em torno de R$8.000,00 para cada (nem incluí o dia que passamos em Miami, porque foi o último dia da viagem e não fizemos nada além de ir pra Key West e passar o dia lá). Levando em conta que o dólar subiu e os valores dos tickets e do carro também subiram, conforme dei uma olhada bem superficial na internet, acho que essa viagem hoje sairia em média uns R$10.000,00 caso ela fosse feita nesses parâmetros que eu fiz. Se você decidir por um hotel dentro do complexo da Disney, pagará mais caro pela hospedagem, mas irá economizar no carro, já que esses hotéis contam com serviço de traslado tanto do/para aeroporto quanto para os parques da Disney. Tudo, logicamente, é relativo ao estilo de viagem de cada um.

Se eu fosse novamente (e irei, na GRAÇA DO SENHOR!!!!) mudaria uma coisinha ou outra, mas seria basicamente dessa forma. Talvez gastaria mais com passeios e menos com carro, por exemplo, mas posso dizer que da forma como fizemos ficou mais que sensacional pra nós.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Roteiro da Disney (resumido)

Meu objetivo, a partir de agora, é escrever sobre as viagens levando em conta a ordem cronológica. Então, vamos começar pelo início e tentar lembrar exatamente como ficou o roteiro da viagem de 2014 (tentar lembrar nada, tenho tudo guardado no dossiê de cada uma das férias no computador). 

Nesse post eu vou escrever o roteiro bem resumido, porque estou trabalhando em um enorme explicando como foi cada dia (nossa, que profissional) e vou seguir a mesma linha nos outros. 

Nossa viagem durou um total de 17 dias (05/03 a 21/03/14), contando com os dois dias de viagem. Pouco tempo, né?! Mas meu chefe puto só me liberou 20 dias de férias, então tivemos um tempo mais limitado para viajar.

Para quem não sabe, a Disney possui quatro parques temáticos (tirando os aquáticos que estavam fechados devido à época do ano que fomos – março): 

O Magic Kingdom, o mais famoso e que tem o castelo da Cinderela;

Nessa época a gente não tinha muito as manhas em tirar fotos. Prometo que evoluímos nesse quesito.

o Hollywood Studios que tem aquela torre que despenca (sensacional!!!!!) e que, antigamente, tinha o chapéu;

Falecido chapéu com o topo pensadamente cortado.


o Animal Kingdom que, como diz o nome, é direcionado a animais e etc; e 

o Epcot Center (preferido do Kalil) que tem aquela bola na entrada e um enorme lago no meio com 11 pavilhões representando países ao redor. 


A Universal Studios é dividida em Universal Studios (dã!) e Islands of Adventure.

Não, a foto realmente não está enquadrada. Cortei um pedaço da bola pra mostrar mais da grade.

Foto tirada em um ponto estratégico no Island of Adventure.

O planejamento não era exatamente esse, porque determinamos os passeios do dia enquanto estávamos lá, isso levando em conta nossa animação para fazer isso ou aquilo no dia e pensando muito no tempo, porque Orlando não tem um clima muito exato, então não dá muito para confiar no aplicativo do celular, nessa hora é melhor optar para o velho e útil olhar para o céu, tentar deduzir como será o dia e rezar para que você tenha escolhido a roupa adequada.

Sooo, let’s do it!

Dia 1: 05/03 – quarta feira. Dia da ida. BH -> Brasília -> Miami
Dia 2: 06/03 – quinta feira. Chegada em Miami e ida de carro para Orlando.
Dia 3: 07/03 – sexta feira. Ida ao Magic Kingdom.
Dia 4: 08/03 – sábado. Celebration + shopping longe bagarai + Cirque du Soleil.
Dia 5: 09/03 – domingo. Premium Outlet.
Dia 6: 10/03 – segunda feira. Animal Kingdom.
Dia 7: 11/03 – terça feira. Epcot Center.
Dia 8: 12/03 – quarta feira. Hollywood Studios.
Dia 9: 13/03 – quinta feira. Universal Studios.
Dia 10: 14/03 – sexta feira. Bater perna nos shoppings e Walmart + jogo de basquete do Orlando Magic x Washington Wizards.
Dia 11: 15/03 – sábado. Premium Outlet.
Dia 12: 16/03 – domingo. Epcot Center (dormimos até mais tarde e fomos depois do almoço).
Dia 13: 17/03 – segunda feira. Nasa – Kennedy Space Center.
Dia 14: 18/03 – terça feira. Island of Adventure.
Dia 15: 19/03 – quarta feira. Ida pra Miami.
Dia 16: 20/03 – quinta feira. Key West.
Dia 17: 21/03 – sexta feira. Dia de ir embora (dia triste). Miami -> Brasília -> BH

É isso, povo! Se alguém quiser ajuda para montar roteiro pra Disney, pode me pedir que ajudo com o maior prazer, é só me levar junto que podemos considerar o serviço pago =).

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Orlando é mais que apenas parques da Disney e da Universal

Foto muito bem tirada.

    As férias para a Disney foi a primeira viagem que eu e o Kalil organizamos. Fiz várias pesquisas e eu estava numa empolgação monstra, afinal de contas eu estava voltando para lá depois de 13 anos, o que era um sonho na minha vida, e aproveitar o que não pude quando fui na primeira vez com 12 anos.

    Muitas pessoas acham que Orlando é sinônimo de apenas parques da Disney e da Universal, mas elas estão muito enganadas. Tem muitas outras coisas para fazer por lá, coisas que eu e o Kalil fizemos e coisas que não tivemos tempo, disponibilidade ou vontade de fazer.


    Uma das coisas que não pode se deixar de ir é em um jogo de basquete do Orlando Magic. É muito divertido, não apenas pelo jogo em si, mas por se tratar de uma experiência realmente americana com direito a cheerleaders, cachorro quente com cerveja, gritos de incentivo aos jogadores (DE-FENSE!!!!), música no intervalo e um estádio sensacional! Quando fomos comprar os ingressos, fiquei com medo de pagar mais barato e ficar longe e atrás de uma pilastra, mas isso não existe. Em qualquer lugar que se senta para assistir, você terá visão 100% de tudo: da quadra, dos jogadores, do placar. Para estacionar o carro também é super tranquilo. Estacionamos na rua mesmo, mas tudo já é organizado para receber os torcedores. Brasileiro que é brasileiro teria ficado com medo (assim como eu), isso porque a gente estacionou a uns dois quarteirões do estádio e passamos por dentro de um estacionamento que ficava debaixo de um viaduto. Entretanto, não era tranquilo apenas pelo fato de ter policiamento na rua, era tranquilo porque era tranquilo. Muitas famílias, muitos casais, crianças, adultos, idosos... Era um ambiente familiar. Na hora da saída também não tivemos muitos problemas com trânsito e nem congestionamento porque tudo era muito sinalizado.


Entrada do estádio Amway Center.

  Outra parada obrigatória é no Cirque du Soleil. Tudo bem que fica dentro do Disney Springs, mas não se trata necessariamente de parque. O espetáculo de circo La Nouba está lá há anos, tanto que em 2001 eu assisti e voltei em 2014. Espetáculo que proíbe fotos e filmagens, o que obriga o espectador aproveitar a beleza e a perfeição em sua totalidade, sem distrações.


 

    Celebration é um bairro lindo e sossegado em Orlando. Descobrimos super sem querer e que foi uma verdadeira surpresa. O bairro foi criado inicialmente para hospedar os funcionários da Disney, porém hoje em dia pode-se comprar uma casa lá por uma pechincha de até 800 mil dólares. É uma região tão fofa que dá vontade de chorar. Os jardins são todos extremamente bem cuidados, as casas são lindas e sempre com uma bandeira dos EUA na porta, casas sem muros ou grades, e com um lago lindo e calmo com lojas, restaurantes e estabelecimentos ao redor. Um pequeno pedaço de paz no meio da loucura de Orlando e seus parques.

 

Não tenho certeza se esse quarteirão fica fechado sempre, mas no dia estava para abrir uma feira dessas de interior americano que tem, inclusive, aquelas gincanas familiares.

    Um pouco mais distante de Orlando, mas que pode-se facilmente encaixar na viagem, é uma passadinha em Key West. Uma cidade com praias lindas e com um clima animado de gente rica e bonita. Nós fizemos realmente um bate e volta quando estivemos em Miami, mas poderíamos ter ficado lá pelo menos uma noite para aproveitar a cidade. Lá a gente conhece (se tiver paciência de esperar na enoooorme fila) a ponta da Flórida mais próxima do Brasil, aquela pontinha do mapa no final do filete que cerca o Golfo do México. A viagem pra lá é tão linda que nossa decisão de alugar um Mustang conversível (cof cof cof) foi a mais acertada de toda a viagem. Dirigir até lá, passando pelas pontes em cima da água (Key West é uma ilha) era tãooooo sensacional, tão lindo, tão deslumbrante que a gente até esquece que se tiver uma tempestade ou alguma coisa acontecer a gente fica preso na ilha e não sai de lá nunca mais (não que eu ligaria).

A caminho de Key West..

Nosso carro chique e eu me sentindo ryca.

Não, a gente não entrou na fila, tiramos foto de dentro do carro mesmo.


    Outro passeio super legal (mentira) é a NASA que fica no Kennedy Space Center. Fica há uns 93km dos parques da Disney, mais ou menos uma hora. Como as estradas dos EUA são as melhores da vida, a viagem é muito gostosa e tranquila. Ali é onde fica o real complexo da Nasa, porém os visitantes só tem acesso a algumas áreas, o que se assemelha muito a um museu. Nessas áreas pode-se ver foguetes de verdade, roupas dos astronautas, assistir a alguns filmes nas salas IMAX, fazer um tour de ônibus pelas instalações (o qual eu dormi, inclusive). Basicamente é algo que agrada aqueles que gostam dessas coisas, o que não é meu caso. Eu, sinceramente, não achei muita graça não, mas o Kalil adorou e se divertiu de verdade. Passamos quase um dia todo por lá e deu para aproveitar quase tudo que tinha disponível para os visitantes. Vale a pena apenas para aqueles que se interessam pelo assunto.

Entrada do Kennedy Space Center.


Foguetes em tamanho real.

Expositor indicando a disposição de combustível dentro de um foguete.

    Existem outras opções de passeios também, mas que eu e o Kalil não fomos. O parque do Lego que é bom para levar as crianças pequenas, Sea World, aquele parque dos animais aquáticos e o Bush Gardens que decidimos não incluir no nosso roteiro tendo em vista a distância até Tampa.

    Não vou mentir que seu eu fosse pra Orlando mil vezes, mil vezes a Disney e a Universal estariam nos planos, mas tem tantas outras coisas legais pra fazer que é injusto limitar Orlando a apenas isso. Tem diversão para todos os gostos e idades. E por isso, na hora de planejar sua viagem, sempre dê uma pesquisada, pois às vezes você consegue enriquecer ainda mais suas férias com um ou outro passeio diferente.

sábado, 17 de setembro de 2016

Viajar com crianças (uma crítica)

    Bom, vamos lá para um post que para muita gente seria um insulto sem fim, mas que para jovens casais de férias é difícil de conviver.

    Fomos para a Disney na nossa primeira viagem internacional juntos e foi sensacional. Estávamos LITERAMENTE no lugar mais feliz do mundo e tudo por lá era lindo. O frio descompensado que pegamos no primeiro dia e que nos pegou super de surpresa foi incrivelmente engraçado, porque estávamos no lugar mais feliz do mundo. O cachorro quente feito de pão e salsicha por 7 dólares era super aceitável e justo, porque estávamos no lugar mais feliz do mundo. As longas filas que duravam mais de uma hora por um brinquedo que não durava nem um minuto eram ótimas, porque estávamos no lugar feliz do mundo. As milhões de crianças correndo por entre nossas pernas brincando, gritando, carrinho de bebê nos empurrando, algumas vezes fazendo birra, chorando, não nos incomodava de forma alguma, porque estávamos no lugar mais feliz do mundo (e principalmente porque estávamos em um lugar direcionado para elas).


    Mas em uma viagem em que se anda muito, que sobe-se muita escada (Japão adooooora escada), entra em templos, lugares religiosos e de oração ou meditação, não é legal ter criança correndo, criança chorando, carrinho de bebê te empurrando... Sei que não tenho filhos e não posso falar, mas sinceramente sou da teoria de que as férias devem ser adequadas à necessidade e conforto da criança. Quer viajar com seu filho de um ou dois anos? Vai pra Disney, vai para a praia, vai para um lugar que a criança se divirta, que ela aproveite, que possa correr, brincar, gastar energia. Vai para um resort que tenha um espaço com monitores para seu filho conhecer outras crianças e gastar as energias que só as crianças tem. Quando você leva seu filho para bater perna no shopping, em templo, em museu, você está entediando o seu filho e deixando ele estressado, porque aquilo ali não é, de forma alguma, interessante pra ele. O que resulta de uma criança entediada e chateada? Birra, choro. E que consequência isso tem? Um pai nervoso, um pai estressado... E ninguém aproveita férias assim. Uma criança de dois anos não ganha nada indo pra Índia, pra Nova York, pra China, pro Japão. E é muito chato para aqueles que não são os pais terem que lidar com isso. Se o pai decide encarar uma caminhada das 9 da manhã às 10 da noite com criança é uma opção que ele tomou e que ele tem que lidar com isso.


Então, para finalizar, eu sei que pai e mãe também são pessoas que merecem viver a vida, aproveitar e descansar, mas adeque seus planos à idade do seu filho para que ninguém, seja a criança, os próprios pais ou terceiros, seja incomodado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Atenção para esses 3 pontos! Não compre passagem antes de analisá-los (voo internacional com conexão)



     Pessoas que me conhecem sabem que sou a louca do planejamento de viagem. Faço mil pesquisas, leio vários blogs, assisto inúmeros vídeos no Youtube e faço um roteiro bem completo e detalhado. No último ano eu tive alguns ataques de ansiedade por não estar conseguindo planejar minhas férias da maneira como eu gosto: cada segundo. Sei que para muitos "se jogar" no desconhecido é o que faz as férias serem divertidas, mas eu CERTAMENTE não sou assim. 

(esse é meu calendário detalhando nossos dias)

       A primeira decisão a ser tomada, é a compra da passagem aérea. Antes de escolher e já ir passando o cartão de crédito ou débito se você for rico, o que não é meu caso, eu pesquiso e analiso vários detalhes que muitas pessoas não se atentam e que podem gerar diversas dores de cabeça e muitas vezes até prejuízo financeiro que poderiam ter sido evitados, já que uma passagem não é feita apenas de data e preço.

    Primeiramente, quero deixar claro que não sou uma pessoa pessimista que espera sempre o pior de todas as situações, trata-se apenas de levar em consideração que imprevistos acontecem e que uma simples decisão pode lhe salvar algum dinheirinho e evitar a perda de um tempo maior que o necessário.

1- Onde fazer conexão?

     É interessante pesquisar todos (ou pelo menos vários) locais para realizar sua conexão, pois haverá variações no valor dependendo da cidade e/ou mesmo do país. Deve-se saber, inclusive, se o país em questão exige algum tipo de visto ou autorização para entrada mesmo se tratando de trânsito.

2 - Tempo de conexão (isso é tão importante para mim que só de pensar em um tempo apertado já me dá azia)

     Todo mundo quer passar o menor tempo possível no avião e nos aeroportos (eu também, acredite!). Todo mundo quer chegar o quanto antes no destino, até porque o tempo que perdemos em trânsito é tempo que perdemos das férias. Porém, é melhor perder uma horinha ou duas a perder um dia inteiro e uma fortuna (e muitas vezes passar aperto em um país que não sabemos falar um A na língua local) caso você perca algum voo. 
     Na minha humilde opinião, conexão deve ter um prazo MÍNIMO de quatro horas. É muito? Não, não é. 
    Vamos pensar em todas as fases que temos que passar antes de embarcarmos no próximo voo:

    Eu saí de Belo Horizonte no horário, às 12h, e cheguei em Guarulhos sem atrasos, ou seja, 12h50min.. Terei duas horas de conexão, saindo, então, às 15h para Washington DC/EUA, depois mais duas horas de conexão até a saída para meu destino final, aeroporto de Narita no Japão (tirando esse tempo insano de conexão, esse foi meu trajeto de viagem esse ano).  

    O avião pousou e todo mundo já se levantou (inclusive eu. ME JULGUEM!). O piloto estaciona e todo mundo está lá aguardando a autorização para desembarque que não demora muito e em cinco minutos as portas estão abertas e estamos liberados para descer. Por sorte estou logo no meio do avião e a saída não deve demorar muito. Aí uma pessoalerda lá na segunda fileira precisa de ajuda do cara da fileira de trás para tirar uma mala do bagageiro que é grande e pesada e ela não tem forças e nem jeito; um homem para de andar para esperar um casal sair da quinta fileira que sempre parece que agarra naquele espaço minúsculo entre uma fileira e outra; a fila agarra mais um pouquinho sem qualquer outro motivoporque deve ser realmente difícil andar para frente e o pessoal começa a sair do avião. Essa saída demora mais uns cinco minutos e lá se foram dez do seu precioso tempo.

    A partir daqui podem existir duas situações: 

  1- você já desce do avião para dentro do aeroporto; 
  2- o avião pousa longe e o transporte deve ser feito por um micro-ônibus. 

    Na segunda situação existem outras duas subopções: 

  2.1 - você teve sorte e consegue embarcar no primeiro ônibus; 
  2.2 - você não teve sorte e vai ter que esperar chegar o próximo. 

    Se tudo der certo, você estará enquadrado na situação 1 e já cai dentro do aeroporto e pronto. Mas caso seu tempo seja curto, a querida Lady Murph entra em ação e você só consegue pegar o segundo ônibus. Até conseguir pisar dentro do aeroporto, sair da sala de desembarque e partir para o próximo desafio, já se passaram por volta de vinte a trinta minutos. Então sua uma hora e cinquenta minutos se transformam em uma hora e vinte.

    O tempo está correndo e agora você tem que se deslocar do terminal doméstico para o terminal de voos internacionais. O aeroporto de Guarulhos é relativamente grande e se gasta em média dez a quinze minutos para ir de um para o outro a pé. Sinceramente não sei se existe algum transporte que te leva mais rápido porque sou a louca do planejamento e sempre tive tempo o suficiente para ir a pé aproveitando o início da viagem e degustando da delícia que é caminhar pelo corredor da ida e vendo a cara de tristeza de quem está do lado do corredor da volta. Ok. Meu tempo então foi reduzido para uma hora e cinco minutos.


    Agora é hora de passar pelo Raio X e você, além de aguardar na fila, tem que retirar tudo dos bolsos para passar pelo detector de metais. Coloca aí uns dez minutos para tudo isso acontecer e você já estar dentro do Free Shop (restam 45min.). Como seu tempo está contado, nem pense em se deleitar pelas lojas, ou parar para tomar um café no Starbucks (mineiro sempre para, porque em Minas não tem =/... Sim, triste realidade!), ou tentar dar “apenas uma olhadinha”, porque você ainda tem um chãozinho até seu portão de embarque. 




               A maioria dos voos encerram o embarque com vinte ou trinta minutos do horário da decolagem, então, nessa situação em específico, você localiza seu portão e todos já estão embarcando, restando um prazo de uns quinze a vinte minutos para o encerramento.

    Quando se chega na próxima conexão, tudo se repete, mas ainda tem que retirar suas malas por se tratar de voo internacional, passar pela imigração (afinal de contas você está entrando em um país estrangeiro), realizar o check-in para despachar as malas novamente (dependendo do caso), localizar o portão de embarque e se dirigir até lá. Isso tudo em um país diferente e que, muitas vezes, possui uma língua diferente da sua, o que causa um pouco de desconforto caso precise de alguma ajuda.

    O horário pode sim ser suficiente, mas fica realmente muito apertado e contando com a sorte. Se caso o aeroporto de origem fechar devido ao mau tempo, ou se caso os aeroportos estiverem em greve (como já aconteceu comigo) e resultar em diversos atrasos, ou se tiver congestionamento aéreo, ou se o aeroporto de destino não autorizar o pouso imediato, ou se caso houver congestionamento na pista de pouso e o piloto ter que taxiar para mais longe... tudo isso pode resultar em atrasos de até algumas horas e, se isso acontecer, além de perder o voo da primeira conexão, você também perderá do segundo! Imagine o transtorno que isso vai causar!!!! Tudo isso pode fazer com que você perca uma diária no hotel que já estava pago, perder a diária no aluguel do carro já pago... Muito dinheiro será perdido.

    É por isso que minha regra é prazo mínimo de quatro horas em cada conexão. Na nossa viagem paro Japão ficamos 9hrs em Guarulhos e 6hrs em Washington. Para muitas pessoas é tempo desnecessário, mas eu e o Kalil tivemos um problema com a Gol (parabéns, Gol), mas tínhamos tempo suficiente para tentar resolver. Nós almoçamos com calma, sentamos para bater papo, tomamos uma cerveja e aproveitamos o tempo que tínhamos ali. 


        Já em Washington, o aeroporto era tão lindo que demos um pequeno passeio para conhecer, comer umas bobeiras americanas que não tem aqui no Brasil (We love you, Dunkin Donuts). É um tempo divertido para se explorar e que, principalmente, nos resguarda de qualquer tipo de imprevisto.




3 – Aeroportos de conexão

    Muita atenção com os aeroportos de conexão, pois a maioria das passagens com conexão doméstica, o aeroporto de chegada e de saída são diferentes. Num país em que todas as capitais já estão sofrendo com o trânsito péssimo e caótico, trocar de aeroporto é loucura! Procurando um pouco mais, você encontra chegada e saída no mesmo aeroporto pelo mesmo valor, então nada justifica contar com a sorte e tentar trocar de aeroporto.

    Esse ano, quando estávamos realizando o check-in da volta pra Belo Horizonte, vimos duas moças que (pasmem!!) não tinham visto que elas chegavam em Guarulhos e partiam de Congonhas. Elas tentaram argumentar com a companhia aérea, mas não adianta que eles não vão trocar a passagem. Deve-se ter extrema atenção antes da compra para não levar um susto e ter que se deslocar às pressas por São Paulo após uma cansativa viagem, cheio de malas e com a tensão de não perder o voo para casa.


    Então, galera, podem pensar que sou meio psicopata com isso, e talvez eu realmente seja, mas o seguro morreu de velho. Eu trabalho o ano todo, onze meses por ano, e tiro apenas 30 dias de férias e quero que tudo saia o mais tranquilo possível para que nada me estresse. Se planejando tudo ainda aparecem alguns probleminhas de percurso no meio do caminho, imagina se eu não faço as coisas com cuidado e atenção! O azar só está no aguardo para dar o ar da graça ;)

terça-feira, 19 de abril de 2016

Japão e suas excentricidades

Que o Japão é um país totalmente diferente do Brasil, isso todo mundo sabe. Diferente em tudo que se possa imaginar, mas eu, como uma pessoa que não é crítica nem observadora (aham), vi coisas que tenho certeza que ninguém vê. Isso porque, enquanto estou sentada no metrô protegida pelos óculos escuros, estou olhando para todos os lados e reparando em TUDO e em TODOS (se eu faço isso no meu dia a dia no Brasil, não ia fazer isso no Japão? Até porque eu podia chamar a atenção do Kalil em português e ninguém ia entender - ou pelo menos a chance de entender era muito pequena, ne?!).

Vale ressaltar que minha lista terá alguns tópicos que são facilmente encontrados na internet e coisas que ninguém se preocupa em comentar, porque são coisas retardadas irrelevantes. Os números informados em alguns tópicos são inventados pela minha pessoa, não são valores reais, são apenas baseados na minha percepção =) Então vamos à minha humilde e pequena (!) lista. 

1- o Japão é um país extremamente limpo e isso não é novidade pra ninguém. Quem não se lembra das notícias que saíram em vários jornais brasileiros dos japoneses limpando os locais onde ficaram assistindo os jogos da Copa do Mundo no ano passado? Mas o mais interessante é que quando tomamos uma garrafa de água ou comemos alguma coisa, naturalmente procuramos por lixeiras para jogar fora o lixo (naturalmente para pessoas educadas, claro). Porém, a gente simplesmente não encontra nenhuma!!! Sim!!! Tudo é extremamente limpo, mas é igualmente difícil achar lixeiras pela cidade. Praticamente todos os dias a gente chegava no apartamento e só aí podíamos eliminar da mochila toda a quantidade de lixo que foi juntada durante o dia. 
Não sabemos o porquê disso, mas pude imaginar (chutar) que é obrigação de cada um manter o seu lixo consigo mesmo. Não é necessariamente obrigação do governo espalhar lixeiras pela cidade e depois recolher o lixo. A pessoa pode muito bem guardar o lixo e jogar em casa, onde tem o serviço de recolhimento do lixeiro.

Ruas limpas ao extremo. Dá até vergonha de andar pelas ruas do Brasil.

2- as japonesas são lindas!!!!! Logicamente que o padrão de beleza é completamente diferente do que temos no Brasil, com mulher com peitos e bundas enormes. Elas tem cabelos lindos, são extremamente vaidosas com maquiagens leves, saltos gigantescos, roupas elegantérrimas e uma pele de seda. Elas são realmente muito lindas. Eu não sabia que minha beleza era do sangue japonês que corre nas minhas veias hahahahahha. 

3- 99% das japonesas que vimos usavam meia calça (elas usam muitas saias). E muitas delas, a gente não conseguia distinguir se estavam usando ou não, porque as meias calças eram da cor da pele. Eu e o Kalil por várias vezes ficávamos competindo pra ver quem descobria se aquilo era meia calça ou não hahahha (dois idiotas)

Conseguimos constatar que a da direita está de meia calça também.

4- aquele 1% restante usava calça, mas quase ninguém usa calça jeans por lá.

5- A maioria das mulheres usam saltos, e não são saltinhos, são saltos enooooooooormes. Elas usam para pegar metrô, para andar no centro das cidades, para visitar pontos turísticos que eu de tênis morria de dor nas pernas. E se vocês acham que elas faziam cara de cansaço ou de dor, estão muito enganados, sempre com sorriso no rosto como se estivessem usando pantufas.



 
E sim, ela está de meia calça, só não parece, mas está.

6- por causa do motivo anterior, as japonesas tem os pés mais tortos que eu já vi na vida. Elas fazem ângulos com os pés e os tornozelos que são impossíveis para qualquer outra pessoa. Enquanto elas estão paradas aguardando o metrô chegar, elas fazem acrobacias bizarras com os pés, e andam com os pés totalmente tortos. Tentei fazer e não consegui. Sério, isso é um dom (ou uma consequência doída do uso dos saltos).

7- as crianças e adolescentes que estão na escola tem um padrão de uniforme que é geral. Independente de qual escola eles estudem, o uniforme é o mesmo: terno azul para os meninos e blusa com saia e paletó para as meninas. E todos eles andam impecáveis. Sem blusas para fora da calça ou mangas dobradas.


8- 98% dos homens usam ternos, mas, ao contrário do que vemos no Brasil, a meia não tem que combinar com o terno ou com o sapato necessariamente. Vimos meia branca de usar com tênis e até um senhor que estava com meia verde água de lã!

9- as pessoas se vestem da forma que elas querem e muitas vezes parecem fantasiadas, mas ninguém olha pra ninguém com cara de deboche ou com olhar de julgamento, pois se vestir da forma que se quer é um costume deles (e que deveria ser aderido no Brasil. As pessoas daqui são muito críticas - inclusive eu -  e o que as pessoas vestem não deveria ser da nossa conta).

 


Muitas japonesas ainda se vestem de quimono, às vezes apenas para se divertirem, mas muitas vezes no dia a dia para o trabalho mesmo.

10- vi apenas uma pessoa de dedos de fora, todos os outros usavam sapatos fechados. Pode ser porque fomos em uma época mais fria, mas até nas lojas, a  maioria dos sapatos vendidos eram fechados.

11- homens usam bolsa, sim bolsas, não pastas, mas bolsas.


12- japoneses adoram malas. Eles levam malas para todos os lugares. No metrô tem milhares de pessoas com malas. Sinceramente não sei o que eles levam lá, não sei o que é tão grande e qual a necessidade de levar isso para o trabalho, mas eles realmente adoram.



13- não é tão comum como no Brasil mulheres com orelhas furadas, até porque na escola as crianças e adolescentes não podem usar brinco. Vi muito brinco de pressão e poucos brincos para orelhas furadas para vender.

14- os cabeleireiros dos japoneses devem fazer um curso muitoooooooooo aplicado, pois nunca vi cortes de cabelos tão lindos e precisos. Eu quase cortei meu cabelo lá, mas já tinha saído do Brasil com o cabelo cortado (e detestado).

15- em sua maioria, o japonês ou é velho ou é pai/mãe de família, isso porque vimos muitos pais com crianças pela cidade. Eu e o Kalil ainda brincamos que a fila preferencial no Japão era para pessoas novas, porque eles eram definitivamente minoria hahahahha. Mas vale lembrar que vimos muitas pessoas velhas, mas todas elas na ativa. Eram pessoas que iam e vinham do trabalho. 

16- no Japão tudo é muito correto e organizado, e a organização parece muito ser natural do dia a dia, nada que é determinado ou lei. Apesar de ser um país muito diferente do nosso em TODOS OS SENTIDOS, não tivemos dificuldade alguma de compreender como a vida anda por lá. Tudo, em todos os lugares, em todos os sentidos, segue um padrão simples. Por exemplo: a mão do trânsito é inglesa, ou seja, vem pela direita e vai pela esquerda. Pensando nisso, em qualquer lugar que você anda a pé, seja no shopping, no metrô ou na rua, o lado direito é de quem vai e o lado esquerdo é de quem vem. Isso evita uma confusão e tromba tromba desnecessário. Esse caos no centro da cidade no horário do rush é diminuído por esse simples costume. Entretanto, caso você anda do lado errado (como eu e o Kalil andamos por um tempo até entender o que acontecia), ninguém vai te cutucar e te falar que você tá errado, ninguém vai fechar a cara pra você ou te xingar, eles vão continuar caminhando como se você não estivesse ali. 

Nesse caso, pode ver que tem dois lados indo e um voltando, mas pode-se ver que organização para andar pelo metrô, ninguém esbarra em ninguém. 

17- o que me leva ao próximo tópico. Japonês não exprime reação para as coisas. Se alguém esbarra nele, se alguém empurra ele... não se vê cara feia, resmungo ou xingo. Esbarrou? Ok, vida que segue. Eles não se emputecem com isso (inclusive o Kalil ficou absurdado com isso e disse que vai trabalhar esse lado calmo e zen do japonês e parar de reclamar e de se deixar ser afetado por certas coisas).

18- japonês tem uma facilidade de dormir que não é normal. Ele dorme em qualquer lugar. Não é difícil ver alguém dormindo no metrô, e quando eu digo dormir, não é fechar os olhos e tirar um cochilo, é dormir dormir mesmo, de apagar, de cair de lado. Isso porque, como todo mundo sabe, japonês trabalha muito. Quando estávamos voltando pro Brasil, tivemos que pegar metrô 5:30 da manhã e já tinha um movimento bom de pessoas irem trabalhar. 

19- japonês bebe muito. Mais de uma vez eu vi pessoas bêbadas no metrô. Um homem estava tão bêbado que, além de exalar cheiro de bebida, ele variava entre dormir e chorar. Mas a diferença entre o japonês e qualquer outra pessoa no mundo, é que eles são tão discretos, que não se vê bêbado gritando, vomitando e fazendo escândalo em lugar nenhum. Eles estão ali na deles e não incomodam ninguém, NINGUÉM.

20- metrô = lugar de silêncio e calma em meio ao caos do dia a dia do Japão. É proibido conversar no celular dentro de transportes públicos o que resulta em muito silêncio (não que seja proibido que caso alguém converse ele será preso ou levará uma multa. Eles apenas pedem para que as pessoas evitem conversar no celular para evitar atrapalhar outras pessoas. E o japonês, ser superior que é, ele simplesmente respeita). Então o máximo que a gente ouve é um leve mumurinho de duas pessoas conversando uma ao lado da outra (e ainda digo que eles falam tão baixo que era difícil de ver que pessoas conversavam). Mas eles ficam no celular jogando ou mandando mensagem O TEMPO TODO.


21- 99% das pessoas tem Iphone e, desses 99%, 99% tem o mais novo. Acho que em nenhum lugar do mundo é assim. A Apple está bem demais no Japão, viu?!

22- os japoneses não tem costume de usar óculos escuros. Enquanto eu não consigo sair no claro sem óculos escuros, se vi cinco pessoas usando foi muito.

23- não é atoa que o país é de primeiro mundo. Japonês acha soluções simples para qualquer coisa.


Pra que ficar com a bolsa o tempo todo durante a viagem de shinkansen? Vamos colocar um gancho simples!


24- os japoneses são cuidadosos com tudo, inclusive e principalmente com comida. Na porta da maioria dos restaurantes tem os pratos representados com resina e no cardápio tem a foto do que é servido para facilitar a escolha tanto para os nativos quanto para os estrangeiros. Surpreendentemente, o prato que chega é IDÊNTICO ao prato mostrado. E não apenas isso, o prato vem lindo e super bem montado. Não é estilo Mc Donalds que o Big Mac é lindo na foto e quando abrimos a caixinha ele está todo torto e todo mal montado. Não!!! Lá eles se preocupam com isso e eu, como uma pessoa extremamente chama e crítica, percebi isso e anotei para nunca mais esquecer: existem pessoas no mundo que se preocupam em fazer o consumidor comer tanto com a boca quanto com os olhos.

Esse é um exemplo dos pratos de resina que são mostrados para que o cliente saiba como virá o prato.

Famoso lamen japonês montado com excelência.

Donuts que tivemos dó de comer de tão lindo, mas que comemos mesmo assim =)

Olha que perfeição de doce!


25- homens usam unhas grandes, mas não lixadas e cortadas bonitinhas, apenas grande, como se todos eles tocassem violão (eca!).

26- mulheres adoram franjas. Pelo menos 97% das mulheres usam. E são lindas e bem cortadas. Parece que todos os dias pela manhã elas acordam mais cedo para lavar e secar o cabelo para que as franjas fiquem impecavelmente certinhas.


27- em praticamente toda esquina tem aquelas máquinas de venda de bebidas com coisas geladas ou quentes (o gelado é realmente gelado e o quente é realmente quente). Os preços são super justos e vende de água, a chá, energético, café e sucos. É realmente uma mão na roda com a correria do dia.


28- eles AMAM escada, mas quando eu digo que amam, é porque amam mesmo. Todo mundo acha que japonês é magro por causa da comida, mas não é! Eles tem escadas rolantes, mas eles são tão conscientes com tudo que preferem subir pelas escadas para fazer exercícios, inclusive os velhinhos e os velhos pra caramba (Japão é país de primeiro mundo não é atoa), então, ao lado de toda escada rolante, tem uma escada.


É lógico que eu subi de escada rolante (o de vermelho é o Kalil me humilhando e subindo a pé na raça).

Acho que já deu de primeiro post, né?! Já deu pra ver que gosto muito de falar escrever. Então, só para finalizar, Japão é um país surpreendente e que superou todas as expectativas que tinha. Com toda certeza é um lugar que eu voltaria muito feliz no futuro.

Então... Fui!