quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O poder dos dias ensolarados

Eu sou uma pessoa muito fácil de agradar no que diz respeito a estações do ano, temperatura e clima. 

Fico feliz no verão quando os termômetros batem 35o com sensação de inferno; 



no outono que chove muito mas que a cidade fica tão maravilhosa toda vermelha, amarela e laranja que compensa o fato de chover muito; 



no inverno que os termômetros batem -15o com sensação de polo norte; 



mas para ser sincera, só mesmo a primavera que não fico muito feliz, porque chove demais, mas ainda está um pouco frio porque o inverno não quer largar o Canadá de jeito nenhum, então as temperaturas começam a subir, mas tem fim de semana que o frio volta com força, e tudo isso com chuva por duas ou três semanas sem parar e no meio do caminho, dependendo do quanto está frio, uma neve molhada e gelada horrorosa e nojenta. Credo, detesto a primavera.

Tia Nena e Tio Rubens vieram na primavera nos visitar e choveu TODOS OS DIAS.

Ainda estamos oficialmente no inverno, né, mas ontem o termômetro fez 6 graus positivos e eu não entendi nada! Ainda era para estar super frio, inclusive porque o frio intenso demorou muito para chegar. Acho que só tivemos um mês de frio real por aqui, da metade de janeiro a metade de fevereiro.

E eu sou a pessoa que adora o inverno, amo o frio intenso, amo a neve, mas confesso que os dias que o sol está rachando lá fora são os dias mais felizes para mim (independente da temperatura, mas quando está quente é ainda melhor).

Quando eu morava no Brasil, como temos dias de sol e de calor o ano todo, é obvio que eu não valorizava, né, mas morando aqui e vivendo meu quarto inverno, eu confesso que um dia de sol tem o seu lugar e são os dias que meu humor está bom sem eu nem precisar me esforçar.

Hoje levantei e o sol rachando! Já me animei e por um momento esqueci que moro no Canadá, então botei uma calça leggind curta, uma blusa leve de manga comprida e corri lá para a varanda, mas dei uma olhadinha na temperatura antes e quando vi...BOOOMMMM... -8o. 
Vai entender, mas taquei uma meia alta no pé, peguei uma blusa de frio (blusa mesmo, não foi casaco) e corri lá pra fora.
Porém, moro em Toronto e aqui venta horrores, então o vento me impediu de ficar mais que vinte minutos, aí entrei, tirei as blusas de frio, peguei um top e sentei no sofá, aí foi só felicidade. O sol quentinho, delícia. Fiquei feliz e animada.


Eu já tenho a auto estima altíssima e adoro tirar uma foto minha (e não sou leonina, hein! Se eu fosse o mundo não ia me aguentar), imagina quando o sol está rachando lá fora e eu ainda fico de bom humor!
Meu telefone é LOTADO de fotos minhas feliz tomando banho de sol, porque automaticamente eu me acho mais linda que o normal!

Eu amo tanto que não sei explicar. Parece que sol libera uma coisa muito boa no meu sangue, porque mesmo agora que o sol não esteja mais batendo no meu sofá e eu esteja escrevendo da mesa, só de olhar lá fora pela janela e ver que o céu está azul eu já fico feliz.

Acho que o sol tem o mesmo efeito de música pra mim, consegue controlar meu humor e mudar minha energia.
Eu sei que tem a explicação da vitamina D e etc, mas pra mim acho que é mais do que isso.


Estou contando os dias para o calor chegar e, mesmo durante o lockdown que parece que não vai acabar tão cedo por aqui, montar barraca na minha varanda e voltar com minha corzinha e marquinha de biquini.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Sentimentos

 Tempos de ócio são sinônimo de ficar pensando o tempo todo e de ficar rolando o feed do Instagram.

Hoje eu estive inspirada e fiquei lendo várias passagens de livros, poemas e mensagens de motivação, e constantemente me deparo com esse tipo de mensagem:


Eu sofro constantemente com auto shame em que eu fico me sentindo ridícula e me culpando por sentir ou pensar as coisas, como se fosse ridículo, coisa de adolescente, de gente imatura, como se fosse patético uma mulher casada de 32 anos sentir e pensar certas coisas.

Aí vem meu questionamento: qual a necessidade de incentivar as pessoas a deixarem as coisas pra lá e que isso é coisa de gente madura?
Engolir sentimento e não falar sobre ele não significa que ele não está lá.

É tão complicado quando a gente tem que mentir para nós mesmos para parecermos mais adultos e maduros. É tão doído a gente não poder ser honestos com nós mesmos.

E não sei vocês, mas se alguém gosta de mim eu vou ficar muito feliz de saber disso, sentimento bom é para ser compartilhado, dividido, multiplicado.

Os quotes de incentivo e de inspiração insistem em nos falar que temos que ser superiores, que temos que deixar o outro vir atrás, que o silêncio é a melhor resposta, mas eu sinceramente acho que o silêncio funciona para quem gosta de responder com o silêncio (sem contar que silêncio pode ser um tipo de ghost e eu pessoalmente sou super contra, porque eu acho uma falta de respeito quando a pessoa só some e para de falar sem dar maiores explicações, já até falei sobre isso anteriormente). Se você é como eu que gosta de saber das coisas, que valoriza uma comunicação profunda, que gosta dos pingos nos Is e que se sente melhor falando e se expressando, não se sinta pressionado a se calar para ser superior, afinal de contas o que você ganha com isso? No final do dia você vai ficar pensando sobre o assunto, remoendo sozinho, alimentando sua ansiedade? Então fale! Se expresse! Quer ser superior para quem? Em relação a quem? 
Você acha que é melhor do que o coleguinha porque ele fala do que sente e você não? No final das contas, você provavelmente está cultivanndo uma dor de estômago ou uma úlcera aí atoa.


Corra você atrás do que você quer, não seja espectador da sua vida. Não coloque na mão de outras pessoas a decisão do que importa para você.

Você gosta? Vai atrás! Relações humanas precisam de manutenção (como diz a poeta Flávia Maurílio), a gente tem que saber dar pelas pessoas que a gente gosta e não apenas esperar que elas venham.
Mas corremos o risco de estar dando murro em ponta de faca, então precisamos saber quando parar, mas esse momento só nós vamos decidir quando estamos prontos para isso.

Eu moro longe, a mais de 7mil km dos meus, então se eu não vou atrás deles, muitas vezes posso me afastar de pessoas que quero na minha vida (às vezes para sempre e às vezes de forma temporária). 
Tenho pessoas que estão em constante contato comigo, tenho pessoas que se eu não for atrás não fala comigo, e isso não é porque não se importam. Cada um tem seu motivo. 
Porém, se isso te incomoda, FALA COM A PESSOA! Faça ela entender o porquê de isso te incomodar e dê a ela a oportunidade de falar porque ela é mais distante, afinal de contas nem todas as relações precisam ter presença diária.

E para finalizar esse post que começou de um jeito e terminou de outro, eu vi esse quote aqui e adorei:


Sejamos sempre honestos com a gente. Se você gosta, deixa a pessoa saber. Se ela não gostar de volta, acontece, lide com isso do seu jeito (seja ficando em silêncio após, seja chorando, seja virando a página), mas você merece colocar esse sentimento para fora e a pessoa merece saber, e isso é você que vai decidir. Esquece o que vai parecer, se você é "emocionado", se você entendeu errado, se você é imaturo ou adolescente.

Sentimentos e sensações são naturais e inerentes ao ser humano. Repito, negá-los não os fará  desaparecer, você só estará mentindo para você mesmo. 

Vamos reconhecer o que a gente sente, aceitar e aprender a lidar com isso. Como diz a maravilhosa Rita, aka minha psicóloga, a gente tem que entender o que está acontecendo para tentarmos controlar e decidir o que fazer com aquilo.
Depois que ela me disse isso, uma coisa aparentemente simples, tudo ficou mais fácil em diversas áreas da minha vida.