sábado, 17 de setembro de 2016

Viajar com crianças (uma crítica)

    Bom, vamos lá para um post que para muita gente seria um insulto sem fim, mas que para jovens casais de férias é difícil de conviver.

    Fomos para a Disney na nossa primeira viagem internacional juntos e foi sensacional. Estávamos LITERAMENTE no lugar mais feliz do mundo e tudo por lá era lindo. O frio descompensado que pegamos no primeiro dia e que nos pegou super de surpresa foi incrivelmente engraçado, porque estávamos no lugar mais feliz do mundo. O cachorro quente feito de pão e salsicha por 7 dólares era super aceitável e justo, porque estávamos no lugar mais feliz do mundo. As longas filas que duravam mais de uma hora por um brinquedo que não durava nem um minuto eram ótimas, porque estávamos no lugar feliz do mundo. As milhões de crianças correndo por entre nossas pernas brincando, gritando, carrinho de bebê nos empurrando, algumas vezes fazendo birra, chorando, não nos incomodava de forma alguma, porque estávamos no lugar mais feliz do mundo (e principalmente porque estávamos em um lugar direcionado para elas).


    Mas em uma viagem em que se anda muito, que sobe-se muita escada (Japão adooooora escada), entra em templos, lugares religiosos e de oração ou meditação, não é legal ter criança correndo, criança chorando, carrinho de bebê te empurrando... Sei que não tenho filhos e não posso falar, mas sinceramente sou da teoria de que as férias devem ser adequadas à necessidade e conforto da criança. Quer viajar com seu filho de um ou dois anos? Vai pra Disney, vai para a praia, vai para um lugar que a criança se divirta, que ela aproveite, que possa correr, brincar, gastar energia. Vai para um resort que tenha um espaço com monitores para seu filho conhecer outras crianças e gastar as energias que só as crianças tem. Quando você leva seu filho para bater perna no shopping, em templo, em museu, você está entediando o seu filho e deixando ele estressado, porque aquilo ali não é, de forma alguma, interessante pra ele. O que resulta de uma criança entediada e chateada? Birra, choro. E que consequência isso tem? Um pai nervoso, um pai estressado... E ninguém aproveita férias assim. Uma criança de dois anos não ganha nada indo pra Índia, pra Nova York, pra China, pro Japão. E é muito chato para aqueles que não são os pais terem que lidar com isso. Se o pai decide encarar uma caminhada das 9 da manhã às 10 da noite com criança é uma opção que ele tomou e que ele tem que lidar com isso.


Então, para finalizar, eu sei que pai e mãe também são pessoas que merecem viver a vida, aproveitar e descansar, mas adeque seus planos à idade do seu filho para que ninguém, seja a criança, os próprios pais ou terceiros, seja incomodado.

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